Muitas vezes, o excesso de lavagens e de uso de produtos de skincare podem fazer mal à pele. A dermatologista Daniela Pimentel e o influenciador de beleza Miguel Silva (mi.gguel) explicam cinco mitos e verdades sobre a limpeza do rosto:
 

1. Lavar o rosto várias vezes ao dia ajuda a controlar a oleosidade

Mito. Um erro recorrente em peles oleosas ou acneicas é o aumento da frequência da limpeza facial ao longo do dia. Essa prática, na verdade, pode produzir o efeito contrário ao desejado.
 

“O excesso de lavagens compromete a barreira natural da pele, provocando um efeito rebote, no qual há aumento da produção de sebo como resposta ao ressecamento”, explica a dermatologista Daniela Pimentel. A recomendação da médica é realizar a higienização duas vezes ao dia, pela manhã e à noite, utilizando produtos formulados especificamente para o rosto.
 

2. Água quente limpa mais profundamente

Mito. A ideia de que a água quente promove uma limpeza mais profunda da pele do rosto é um dos equívocos mais disseminados nas rotinas de skincare. Embora muitas pessoas associem a alta temperatura à remoção mais completa de impurezas, essa prática pode comprometer a saúde da pele a médio e longo prazo.
 

“Na minha rotina, eu sempre lavo o rosto com água fria ou morna, nunca quente. Eu percebi que quando usava água muito quente, minha pele ficava mais sensível, às vezes até com vermelhidão. A água morna ou fria limpa super bem, tira o excesso de oleosidade e deixa a pele pronta para os próximos passos, sem agredir. Funciona muito melhor para mim”, conta o influenciador Miguel Silva, que compartilha nas redes sociais seus cuidados diários com a pele.
 

3. Peles secas não precisam de limpeza frequente

Mito. É comum associar a necessidade de limpeza facial apenas às peles oleosas ou acneicas. No entanto, esse raciocínio desconsidera um dos princípios fundamentais do cuidado com a pele: todas as peles, independentemente do tipo, acumulam impurezas ao longo do dia. Poluição, resíduos de maquiagem, filtro solar, suor e partículas do ambiente se depositam na superfície cutânea e, se não forem removidos de forma adequada, podem obstruir os poros, favorecer inflamações e comprometer a eficácia dos produtos aplicados em seguida.
 

“A higienização diária prepara a pele para receber ativos hidratantes e nutritivos. Ignorar essa etapa pode comprometer toda a rotina de skincare”, alerta a dermatologista. “O cuidado, nesse caso, está na escolha do produto de limpeza. Peles secas tendem a ser mais sensíveis e propensas à perda de água trans epidérmica, por isso sabonetes suaves, com ativos hidratantes e fórmulas que respeitem o pH fisiológico da pele, são a melhor escolha”, finaliza.
 

4. Usar um sabonete adequado ao tipo de pele é essencial

Verdade. Cada tipo de pele possui características próprias, como nível de oleosidade, espessura, sensibilidade, tendência à acne ou à desidratação. Por isso, utilizar um produto genérico ou inadequado pode comprometer o equilíbrio natural da pele, provocar irritações, aumentar a produção de sebo ou intensificar quadros de ressecamento.